Depois de 1987 continuei mais uns anos no GRETUA, depois fiz parte da constituição da EFÉMERO - Companhia de Teatro de Aveiro, tendo aí trabalhado como atriz durante dois anos.
Nessa altura tive de tomar algumas decisões na vida, nomeadamente a de me dedicar à minha outra actividade profissional, depois de acabar o mestrado. Não foi fácil.
E ainda não sabia que nunca poderia abandonar completamente o Teatro.
Nessa altura, foi o CETA (pela mão do Joaquim Vargas) que me deu nova oportunidade, convidando-me para encenar uma peça, pela primeira vez.
Que responsabilidade!
Lá fiz o melhor que consegui, de paixão.
A peça chamava-se 'Roubaram a Lua' de Jean Paul Alégre'.
Entravam muitos actores e actrizes, alguns muito jovens, ainda adolescentes, e que vieram mais tarde a seguir teatro, tais como o Romeu Costa (agora um actor conhecido do teatro e que até já fez telenovelas) que já tinha feito coisas no CETA, a Filipa Cruz (que encenou a última peça do CETA!) e a Teresa Costa. E depois tantos outros, amantes de teatro com outras profissões, o Camilo, o Joaquim Vargas, o Artur, o Arlindo, a Helena, o Lau, a Paula Ribas, a Catarina, a Zé. Depois junto o programa porque não estão aqui todos.
Esta peça terminava com o número das 'Mergulhadoras de Acapulco' que mais tarde repeti, à traição, numa outra peça que encenei no CETA, 'Mulheres'.
"...Somos, as mergulhadoras, de Acapulco ó ó, queremos mergulhar!!!!..." e uma fila de meninas de fato de banho e touca cantava.
E desde então ficou esta vontade de criar sempre novas coisas, sempre novos espectáculos, sempre mais.
Com os necessários espaços de respiração. Inspira, expira. Pau-sa-da-men-te.
Gosto mesmo muito de fazer este tipo de trabalho, de paixão, junto de pessoas de quem gosto. É meu estimulante preferido, logo depois da família. E ajuda-me a organizar tudo o resto.
Nestas fotos estou grávida do meu filho mais velho.
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