Ana Salgueiro Teatro - Aveiro

terça-feira, 16 de junho de 2015

Poesia

Quando pequena escrevia muito mas não me lembro do que escrevia.
Não guardei registos ou cadernos.
Mas lembro-me de a minha professora de português dizer ao António Torrado quando ele foi lá à escola (a Francisco Arruda): esta miúda escreve bem. Gosto muito dessa memória, claro.

Quando adolescente escrevi bastantes textos a que chamava poesia. Não creio que fosse, não estudei literatura ou português. Mas ainda os guardo, ali num caderninho. 

Ainda gosto muito de alguns deles.

Fui escrevendo, sempre com gosto, em todas as ocasiões, tendo sempre de me conter nos textos mais científicos e sendo criticada por ser demasiado literária. No entanto, por vezes dá jeito para justificar convenientemente alguns argumentos.
Seja como for lá aprendi a ser seca quando necessário, na ciência e na vida.

Mesmo assim não foi possível prender o desejo de criar outros mundos através da escrita, em peças de teatro. 

Depois torna-se um bichinho, mais insidioso que o teatro.

Recentemente, foi a Telma Feio do biscoito que me fez o convite para o Poetry Slam Aveiro 
Ganhei uma eliminatória e depois a final sempre por um triz, dada a elevada qualidade dos outros participantes. A Raquel Bontempo e a Rita Capucho também deram sempre um excelente incentivo, e amizade. E foi bom conhecer a fantástica Raquel Lima. Obrigada. 

E agora tenho de ir a Lisboa ao Poetry Slam Portugal. Ai, ai.

Claro que não vale a pena explicar o prazer que isso me dá e a vontade que me traz de ser melhor e de escrever sempre melhor. 

E a honra que é receber convites para ir ler poesia de outros, como aconteceu com o João Mocho

A poesia sem ser canção também é uma arma. Que nos ensina mais sobre nós próprios e sobre os outros e que pode também fazer ouvir a voz que quer falar do que está menos bem neste mundo.